quarta-feira, 23 de setembro de 2009


CAPITAL INICIAL


O Capital Inicial surgiu em Brasília, em 1982. A banda surgiu após o fim do Aborto Elétrico, primeira banda de punk de Brasília, que era formada por Renato Russo (Legião Urbana) e os irmãos Fê e Flávio Lemos (Capital Inicial).

O Capital Inicial é formado por Dinho Ouro Preto (vocal), Fê Lemos (bateria), Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (guitarra), além de contar com os músicos de apoio Fabiano Carelli (guitarrista) e Robledo Silva (teclados). A banda já lançou, ao todo, 11 discos, sem contar com o Multishow Ao Vivo (2008), gravado em Brasília, na Esplanada dos Ministérios e o DVD Especial MTV Aborto Elétrico.

ENTREVISTA

TT: Ouvindo o disco novo a coisa que se sente é que vocês no geral estão preferindo manter a pegada dos discos mais recentes ao invés de tentarem experimentar. É realmente por aí?

CI: Sim, acreditamos que o Capital Inicial criou um estilo próprio, e que o mais importante agora é trabalhar dentro deste estilo, tentando fazer canções e discos cada vez melhores. As inovações são incorporadas ao nosso estilo, ao invés de tentarmos nos adaptar à elas.

TT: Lendo algumas entrevistas dadas por vocês percebe-se que vocês olham muito para o passado e para os erros e acertos cometidos lá atrás. Funciona assim mesmo? Quando o capital precisa tomar alguma decisão vocês fazem essa revisão?

CI: "Aquele que conhece o passado controla o futuro" - Acho que esta citação é de "1984", do George Orwell. A principal decisão que tomamos quando nos reunimos em 1998 foi não repetir os erros do passado. Não foi uma decisão lavrada em cartório, se você me entende, mas cada um de nós sabia onde tinha pisado na bola nos anos 80. Cada um tratou de cuidar do que era sua função dentro da banda, e perceber o mundo pelo o que ele é, e não pelo que queríamos que fosse.

TT: "Eu nunca disse adeus" é um disco que soa bastante juvenil e isso foi bastante comentado na imprensa. Seria o caso de dizer que vocês estão mais na praia de Ramones, AC/DC e Aerosmith (bandas que sempre buscaram manter o espírito jovem) do que artistas como Bob Dylan, Lou Reed ou Bruce Springsteen (que não se preocupam tanto com isso)?

CI: Sim, inclusive Ramones é nossa principal influência, e AC/DC é um dos grupos favoritos do Dinho. Apesar da sonoridade "juvenil", este disco tem canções que fogem deste estereótipo, como Eu e minha estupidez ou Um Homem Só. Como já foi dito, não sei por quem: "Juventude é algo que as pessoas de pouca idade tem em excesso." Isto não quer dizer que as de mais idade a tenham necessariamente perdido.

TT: Chama a atenção no caso de vocês perceber que esse público mais jovem trata o Capital como uma banda contemporânea deles ao contrário das outras bandas dos anos 80 que mesmo admiradas por essa molecada são vistas com um certo distanciamento (por serem bandas no geral que eles "herdaram" de um irmão mais velho ou mesmo de seus pais). É por aí?

CI: Sim, e para isto não tenho explicação. Talvez a história da banda. Talvez o carisma e a eterna cara de moleque do Dinho. Talvez porque compomos músicas novas ao invés de viver do passado. Talvez a energia dos nossos shows. Recentemente recebemos uma fã adolescente no camarim, ela devia ter uns doze anos. Entre fotos e autógrafos ela me perguntou quantos anos a banda tinha. "Com o Dinho, 24 anos.", eu respondi. Ela não conseguiu acreditar, ficou olhando para ele e dizia, - "Mas, mas, eu sempre achei que ele tinha uns 25, 26 anos!" - "Então faça a matemática!", eu disse: - "Se a banda tem 24 anos e o Dinho 26, ele começou a cantar com..." e sorri para ela, que não conseguia acreditar no que ouvia. Me senti como um adulto contando para uma criança que Papai Noel não existe..

TT: Se há uns 10 anos um homem do futuro aparecesse na sua frente pra contar que o Capital seria uma das maiores bandas brasileiras do século XXI o que você iria pensar? (risos)

CI: Eu pensaria que estava à frente de um homem de visão! Eu sempre gostei do que fiz, e sempre achei a minha banda a melhor. Ao mesmo tempo gravei músicas de qualidades distintas. Eu julgo os méritos do CI não pelo sucesso, mas por algumas canções que provavelmente ninguém dá a mínima.

TT: Como é a relação pessoal entre vocês hoje em dia. Rola uma amizade como a do início dos anos 80 ou é mais uma coisa de colegas de trabalho? Vocês conversam sobre o período em que ficaram separados?

CI: Rola uma grande amizade, e uma compreensão sobre a banda e cada um de nós que não havia antes. A época da porra-louquice ficou para trás. Não costumamos conversar sobre o passado. Nas entrevistas às vezes fazemos comentários sobre esse período, eu sinto que foi uma época que cada um de nós viveu de uma maneira peculiar, intensa, e individual. E dura... Como disse, todos sabemos que foi uma época decisiva para o que o Capital Inicial é hoje.

(vagalume)

Quer saber mais sobre o Capital Inicial? Confira aqui: www.capitalinicial.com.br


(Nathgf - www.twitter.com/nathgf)

(Thiaguinhorossi - www.twitter.com/thirossi_ )



CAPITAL INICIAL

O Capital Inicial surgiu em Brasília, em 1982. A banda surgiu após o fim do Aborto Elétrico, primeira banda de punk de Brasília, que era formada por Renato Russo (Legião Urbana) e os irmãos Fê e Flávio Lemos (Capital Inicial).

O Capital Inicial é formado por Dinho Ouro Preto (vocal), Fê Lemos (bateria), Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (guitarra), além de contar com os músicos de apoio Fabiano Carelli (guitarrista) e Robledo Silva (teclados). A banda já lançou, ao todo, 11 discos, sem contar com o Multishow Ao Vivo (2008), gravado em Brasília, na Esplanada dos Ministérios e o DVD Especial MTV Aborto Elétrico.


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